MONGE
Quando nas noites mornas a lua penetra
Naquele mosteiro solitário e deserto,
D'uma abertura escura um vulto sai
Em passo lento, às vezes, incerto.
Caminha vagaroso, como um espectro,
Com grosseiro hábito, arrastando pelo chão,
O capucho enorme, a esconder-lhe o rosto.
Chega perto de um tosco casarão.
Pára ofegante e procura esconder-se,
No peito a cruz apertando, como defender-se,
Não tira os olhos do antigo caseiro.
E por entre as árvores o jovem monge vê,
Alguém de branco que parece ter,
Os olhos perdidos no velho mosteiro.
Clea Moore
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