LABIRINTO


Estou num vácuo profundo, da mente
Trôpega, vazia e desvanecida.
Vacilo, angustia-me os pensamentos
Sem energia, extremável me exalto
Cambaleio enternecida, apagada
Um zumbi a regulamentar a vida
Natureza esquecida, desbotada
Cai inerte, num imenso abismo
Flutuo, o chão prende, afundo
O teto, as paredes me comprimem
Um imaginário mundo
Minha mente me prega armadilhas
Dita-me sentenças, sou enclausurada
O vazio em angustia me amedronta
Bloqueio minha ânsia, estagnada
O redemoinho dilata suas trilhas
Desespero, amedrontada, fatigada
Preciso fugir, ausentar-me
No mergulho me aprofundo
Procuro a verdadeira essência da vida...
Preciso harmonizar-me.
 

Ester Moore

 

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