Bico-de-papagaio
Entre duendes e fadas encantadas
Deixo da imaginação fluir ao vento
Em meio do crer no vôo sempre de mãos dadas
Na fé que tira dos olhos o tormento
No ir e vir da esperança renascer
Confirmo dos pés andarem no rumo
Faço contas no rosário do querer
Do mal o bem estar sempre no prumo
Caminho do encontro na procura
Das cores vivas firmarem da crença
Lembro da reza na verdade pura
Vejo da lágrima nascer na magia
Corro e salto feito eterna criança
Do mais puro encanto sem alquimia
No vermelho do Bico-de-papagaio!
Ramoore
Uma lenda...
Assim como os outros símbolos do Natal,
a poinsettia também tem várias histórias e lendas que explicam sua relação com esta data festiva.
A mais conhecida é uma lenda mexicana que conta a história de Pepita,
uma pobre menina mexicana, que nada possuía, e
não sabia o que oferecer ao menino Jesus naquela noite de Natal.
Enquanto caminhava em direção à capela, juntamente com seu primo Pedro,
não podendo adquirir uma oferta digna da sua vontade, seu coração estava mais cheio de tristeza do que de alegria.
Para consolá-la, Pedro teria dito:
“Eu tenho certeza, Pepita, que mesmo o mais humilde
presente, se for dado com amor verdadeiro, será valioso diante dos olhos de
Jesus”.
Não sabendo exatamente o que fazer,
Pepita dirigiu-se à beira da estrada e foi colhendo ramos de folhagens comuns e arrumando-as na forma de um ramalhete.
Ao olhar aquele amontoado de mato que iria levar como
presente ao menino Jesus, sentiu-se ainda mais triste.
Enxugou as lágrimas ao entrar na capela do pequeno vilarejo.
Ao se aproximar do altar, lembrou-se das palavras do seu primo Pedro e encheu seu espírito de amor,
e tenta, no entanto, oferecer os pálidos ramos com
todo o amor da sua alma ao colocar os ramos ao pé do presépio.
De repente, o as folhagens verdes foram se transformando em flores de
coloração vermelho brilhante
e todos que ali estavam tiveram a certeza de estar assistindo a um milagre diante de seus olhos.
A partir daquele dia, aquelas flores vermelhas ficaram conhecidas como Flores de Noche Buena,
e florescem a cada ano durante a época do Natal.
Segundo outra versão desta lenda, as flores-do-natal
irrompem do chão molhado pelas lágrimas da criança.
E para quem acha que o nome “pulcherrima” é horroroso, aí vai o seu
significado: “a mais bela”.