OLHOS DE CHUVA
Por tão pouco te vi
Assim tão logo te olhei
Sei que te vejo sem te olhar
Pois muito cedo te amei
Com gestos sutis e singelos
Que nunca foram meu escopo
Mas que por si romperam os elos
Alforriando alma e corpo
Rosa que em mim raízes criou
Mas que as ervas vieram sufocar
Pétalas caídas que o vento levou
Escuridão que em mim tornou-se mar
Silêncio em um oceano de vozes
Solidão num mar de pessoas
Esperança de que um dia voltes
Do lugar onde sua voz agora ecoa
Breno Moore
Voltar
Página Principal
|