OUTONO




Derramam-se assim, derradeiras lágrimas
Levadas ao longe para outra estação
Chega o tempo de angústias cálidas
Na folha mostrada, que do alto vai ao chão


Longe de casa sei que agora estou
Mas claro e doce ouço ainda o clamar
Dos seres de uma terra que pra trás ficou
E pra qual um dia, hei de retornar


Das flores noturnas me lembro o odor
A magia que em mim habita, convida a voar
Da madrugada, o orvalho, sentir o frescor
E sentir no meu ser, da Terra o pulsar


Estação escura que a morte anuncia
Que no seu paradoxo, o renascer nos traz
Deixando os rastros de uma alma vazia
Daquele que pra casa, retornando está
 

 

Breno Moore

 

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