Volta
Quisera partir assim, num fim de tarde
entre a despedida da tarde...
Quisera que não chovesse,
pois ficaria triste demais,
mas,
que o sol se encolhesse,
apenas,
como que abrindo caminho,
triste pela despedida.
Que fosse uma tarde morna,
de um mês de pouco vento,
mas,
que as folhas brilhassem,
ainda bonitas,
com vida nas árvores.
Quisera ir pensando que faria,
apenas,
mais uma viagem
sem alvoroço destas mais demoradas,
ir assim sem malas,
só com Ludwig Van Beethoven,
em dó menor, Ópus1 n° 3,
suavemente no ar.
Ir sem medo, sentir a brisa,
sair das amarras sem saudade.
Ir em busca da real verdade.
E, se pudesse,
juntar a estrela e a pedra.
Embarcando em nau do esquecimento,
onde, tudo voltará ao nada.
Aí está o mistério de ir e, quando, voltar,
juntar a estrela e a pedra...
Agora hesito,
mas,
depois de todo o esquecimento,
aprenderei a errar menos?
Quisera, ao voltar, cumprir o prometido.
Sendo agora muito mais amiga,
tendo como meta, servir
Geraldine Martha O Arata
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