PRAGMATISMO
Conciliando entre vitórias e fracassos, entre venturas e aventuras na procura da vida Sigo ouvindo a razão dos dias passados em presente viver, sem cantar de ilusões Engano o coração e consigo ouvir do vento as artimanhas apregoadas em sermões Que em solo outrora fértil, Fazia germinar , sem lágrimas, o novo encontro transformando cada partida Em voltas e reviravoltas de pensamentos que sem asas na imaginação fazem nascer Descrença no amanhã adormecido e entorpecido pelo despertar da noite vazia Repetida e delineada na troca constante do par ausente, provocando nostalgia E repetindo o sempre e mesmo refrão do desengano, ser, ou não ser, ter, ou não ter Sem cantar e fazer do eco desencantado pelo ego sintomático, procuro criar o riso Acreditando na proposta sem proponente, de fugir da vida sempre marcada a dois, Talvez, dois passos descontrolados e mal pisados no agora, deixando para depois De dar as mãos, de sentir o encontro do peito oprimido no tímido amarelo do sorriso, Escondendo do azul decantado, sem saber do arco-íris, fecho os olhos e seguro do ar A vontade de estar, não sei se com você, ou apenas fingir que ainda sei amar.
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