Só
Somente só Simplesmente eu Sementes de dor Surgem em mim Sugerindo-me fuga Nas simples semifusas De uma sinfonia inacabada Mero sustentáculo da dor E elas, sempre singelas, Estas notas tão marcantes Fazem com que eu sinta na vida Que da mesma, sustenta-me a leveza, Seminua de meu jeito simples de ser Sem que ainda saia de mim Somente a paixão da arte de viver Mas, todas as vezes em que penso, Que só simplesmente estou Some, instantânea e sinceramente, Esta algia tão tocante Deste ser, meu eu desconjuntado, Que agora está só, apenas só, E tão só, somente.
José Roberto Abib
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