DIFERENÇAS

 

 

     Buscando demonstrar da criatividade,

sem esconder as emoções,

deixo a máscara do desengano cair

em meio ao descrédito apregoado ao marginal ser,

que nascido e gerado no mesmo útero

 e parido com as mesmas contrações,

contrariando a normalidade,

provoca o gracejo e o escárnio,

quando travestido de risos e lágrimas

inicia os primeiros passos na sociedade

que não o escolheu

em sua proposta de liberdade da expressão e vida.

Aceitando o desafio de que as opções existem

e nascem em programação não computada

na compreensão do homem, da mulher,

e dos deuses e deusas.

Acredito na necessidade,

sempre crescente na luta pela sobrevivência,

de darmos as mãos

e buscarmos os créditos devidos e merecidos a todo ser nascido

de um suposto ato de amor entre um homem e uma mulher.

Sem fugir ao contato dito e delineado

em curvas assimétricas dos sócios fundadores

e administradores das regras,

direitos e deveres de cada cidadão,

que se escondendo em siglas

e uma parafernália de números e pesquisas,

 fazem da depreciação o alicerce a ser cultuado

na divisão de castas e linhas de condutas impostas,

esquecendo do riso e da lágrima.

Não fosse o riso e a lágrima,

aceitaria do estigma

e perpetuaria a diferença

sem abrir os braços,

escondendo os olhos,

abafando com as mãos o grito que se faz incontido

e sempre é provocado pela real decadência moral de nossos semelhantes,

que riem e choram,

os mesmos risos e lágrimas.

Propondo a demonstração da igualdade,

sem mistificar a duplicidade do gênero incomum

 e comum ao homem e a mulher,

apenas, construindo para o amanhã

um convívio de troca de opiniões diversas

que traduzam o bem querer,

dando informações e coletando da vida de cada um,

a lição de vida a ser seguida.

 Do estigma imposto a maior lição de vida,

 é a facilidade de adaptação encontrada

e a quantidade de emoções,

que em meio à falsa aceitação de nossos valores,

 trazem ao leigo a vontade de participar e encontrar respostas

ao desencontro de suas emoções,

segure a ponta do fio

e vamos entrar no labirinto,

sem receios,

apenas,

deixe fluir a capacidade de amar.

 

 Ramoore

 

 

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