Narciso




Feito cativo de minhas reflexões
Na solidão sinto Eco encantado
Em minh’alma de dúvidas cheias de razões
Em meio a vozes no peso do fardo

Vejo meus olhos presos em meu olhar
Da cobiça de corpos sempre iguais
Fujo ao desejo de viver em par
Na mácula original dos desiguais

Ouço a vida chorar de lamentos
No embalo de baladas repetidas
Ao colo emprestado de momentos

Longe da presença sem ter do calor
Em risos das lágrimas renascidas
Na flor Narciso, escondo minha dor!

 

Ramoore

 

Meu Jardim       Capuchinha

 

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Obs.

Eco era uma bela ninfa, que por ter iludido Juno (das traições do marido),

foi condenada a sempre dizer a última palavra,

 mas sem poder nunca falar em primeiro lugar.

Apaixonada por Narciso é desprezada e morre, transformada em rochedos,

 segue na sina de sempre repetir a última palavra.
Narciso seguiu sempre evitando o assédio das donzelas.
Certo dia uma donzela pediu a Nêmesis (deusa da vingança)

 que fizesse Narciso sentir o que é o amor não correspondido,

a deusa atendeu ao pedido e Narciso apaixonou-se pela própria imagem..