A Cigarra e a Formiga
Certo dia a alegre cigarra encontrou a formiga,
Toda atarefada carregando migalhas de pão,
Estava tão ocupada que não viu a amiga
Alegre a cantar modinhas com seu violão
Improvisando em versinhos o calor do sol,
A cigarra cumprimentou a amiga atarefada
Em levar alimentos para dentro do paiol,
A formiga parou e olhando sem dizer nada
Continuou sua tarefa e apressou o passo
Para logo chegar ao seu formigueiro,
A cigarra então sentindo do embaraço
Da amiga trabalhando o dia inteiro,
Sem um minuto para olhar o dia passar
Com alegria da manhã ao entardecer,
Quando a luz da lua iria mostrar
O encanto da noite até o dia nascer
Trazendo de volta o calor e a alegria,
Disse não importar da formiga o desafeto
De quem vive a trabalhar todo dia
E esquece de sorrir e ver do céu, o teto
De esperanças a demonstrar na realidade
De cada um vivendo a própria vida,
Dividindo com o amigo a liberdade
De sempre cantar a alegria sentida
Seguindo a amiga, a cigarra falou
Da pressa sentida do sol ao luar
A formiga, nem se importou
E a cigarra começou a cantar
A formiga parou, olhou e sorriu
Da beleza do canto podia apreciar
O paiol estava cheio e sentiu
Do ar a noite chegar com a cigarra a cantar.
Ramoore
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