CARINHOS 



Mil vozes em aspirações diversas, falam de amor
Aninhando entre frágeis esperanças, marcadas para o amanhã
Riem, provocando o descaso, ditam formas em reflexo opaco
Iludindo sentimentos no demérito decantado do escárnio
Atropelam nossos corpos em sexo e no instinto de falsos prazeres

Intimam, fazem nascer em verdades não nossas, o desejo por um beijo
Mutilam, machucam e trazem angústias não reclamadas e não expostas
Alteram nosso espaço e querem preencher, ironicamente, nossas vidas
Centralizando em maquiavélico bem querer, a posse enrustida
Ultrajando em ébria e irreal liberdade, nossos caminhos
Leiloando nossas emoções, em troca de carinhos da noite
Acreditam que em porções indistintas, convencem a troca
Derrubam muralhas de amor próprio, quebram estruturas do viver
Aliciando amores, como se clandestino fosse, ter um ideal.
Ima, na contrastada igualdade de nossas vidas, 
existe o comum em busca da real recíproca na entrega.
Um beijo em seu coração.
 

Ramoore

 

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