Mágoa
Sem ter de tuas mãos no jogo caxangá
Sinto o ziguezague de um guerreiro
Em voltas e revoltas do lá e cá
Meio sem gosto de me dar por inteiro
Sem sentir de teus lábios no carnaval
Perco do rumo sem eira nem beira
Ando revirando no peito em val
De lágrimas choro do Zé Pereira
No vai e vem de tuas falsas carícias
Fico preso em minhas más lembranças
Sem pés em fuga das iguais milícias
Apago dos traços em marcas no rosto
O desdém ao teu sorriso em crenças
Da verdade tua ser sempre do oposto!
Ramoore
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