ONTEM, FIZ AMOR


Tentando conciliar o sono, descobri seu travesseiro
E quase adormecendo, senti seu sorriso puro,
O cheiro de seu suor, invadiu o quarto inteiro
Enchendo de luz, o branco do escuro


Virando de um lado para o outro, tentei fugir da lembrança
Procurando no sono, a ausência dos devaneios
Lembrei, pensei. E resolvi contar como em criança,
Um, dois, três carneiros. Mas, existem outros meios


Levantei, andei, sentei. Procurei e não encontrei nada
Pareceu-me que tudo estava fora do lugar
Depois de tanto tropeçar, consegui achar a escada


Resolvi, abraçar a saudade, fazer um verso, ou um soneto
Que trouxesse dos dias passados, o verbo amar
Perdendo o sono. Cantei, sozinho, um dueto.
 

Ramoore

 

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