Prestando contas!
Em segredo cumpro de meu degredo
Ando em passos fora do compasso
Para guias em guia no frágil penedo
Olho da lua um olhar de omisso
Na solidão muda de quem está só
Perco do sentido de ser perdido
Em mãos procurando com mão ao ló
No rumo sem prumo definido
Piro e fecho dos lábios um suspiro
No gosto amargo sinto desgosto
Do espelho em espelho que miro
Como começo do fim desconheço
Em vida de revida no contragosto
Do afinal sem final feliz no apreço
Sem preço não sei do bem que mereço!
Ramoore
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