O Varredor


Do lixo em coleta no trapiche
Das portas fechadas cheirando luxo
No leva e traz das cerdas no piche
Igual copiar da maré o refluxo

Das ondas em braços e pés cansados
Da sina em rotina varrer do pó
Em poeira na esteira sem ver dados
No jogo da vida em marras de nó

Nos dedos em calos calados da dor
Em olhar do rude feito enrustido
Do pouco caso na falta de calor

Sem ver janelas abertas ao vento
A brisa da alma não foge do dito
E cumpre do afã mostrar contento!


Ramoore


Poema inspirado em pintura de Roberto Bergamo. (O Varredor)
 

 

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