ÍRIS, OU ÍSIS

 

Mil formas de decifrar, sentir, evitar, gostar,

e às vezes, não enxergar

Dos sentidos,

é o real e puro cristal lapidado em consciente natural

Dita da vida,

visões e revisões,

previne mágoas,

ensina a classificar,

Fazer escolhas,

conhecer entre diversas opções

da arte do bem e do mal

Das deusas, traz a ternura maior,

a fonte única da fertilidade, do amor

Quando do encontro sonhado

e na realidade da vida eterna aspirada

A certeza de um colo,

de braços em abraços,

tira e esconde a dor,

Aleitando a alma cansada,

com os carinhos e dengos de mãe enamorada

Não sei, se seriam negros, verdes, castanhos, ou azuis,

a cor nada dita

Em tonalidades que divergem em emoções

e formas natas e renascidas

Que teimam em fugir, buscando na sombra ,

a luz de uma vida em fita

E talvez, em preto e branco,

encontrem vida, em cinzas mal nascidas

Que em perpétuo ciclo,

reciclam das almas

o frágil fio de esperanças

Tão maculado de trejeitos impostos pelo corpo,

que agora sem vida

Sente o mais perfeito alongamento

que em prata, traz o ouro das crenças,

Mostrando na íris,

a Ísis que tal feto sem desafetos procurou da vida.

 

 Ramoore

 

 

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