Passos e Contrapassos...
Sem buscar fazer cadência ou rimas
Em braços que abraçam da ausência
Volto do caminho fazendo cismas
Do poeta que teima jogar paciência
Sem trapacear com o escolhido afã
Em mãos suadas no cruzar e descruzar
Das cartas marcadas tiro o talismã
Na sorte deixo do jogo continuar
Sem coringas a rir minha desdita
Em faltas passadas de meus devaneios
Choro preso na palavra não dita
Sem olhos abertos fecho a jogada
Em lance impar da lágrima nos seios
Da face os pés em mesa virada...
Ramoore