Clonagem

 

 

Clonagem de texto da autoria de Nicholas Evans

no romance " UMA JORNADA DE CORAGEM", tradução de Ângela Pessôa.

Considero a liberdade de expressão como o alicerce maior na tradução dos sonhos,

ilusões e realidades, a ser cantado aos amantes da poesia,

deixo a alma solta na prática da escrita livre que busca no coração

a arte de provocar a emoção e faz pulsar o sentido de ter vida,

sentir da vida os encontros e desencontros.

E em se tratando de trazer o riso e a lágrima como fonte de inspiração,

permito as mãos moldarem

em acordo com minha interpretação o interior de outras almas afins.

 

                                                    Renato Alberto Moore

                                                                                                  

 

Abaixo segue texto de Nicholas Evans e a clonagem sentida e parida sem dores.

 

 

UMA JORNADA DE CORAGEM...

 

Se eu for o primeiro de nós  a morrer,

Não permitas que a dor escureça por muito tempo o teu céu,

Sê corajoso, e todavia modesto, em teu pesar.

É uma mudança, não uma partida.

Pois do mesmo modo que a morte é parte da vida,

Os mortos vivem para sempre nos que estão vivos.

O que fomos somos ainda.

O que tivemos ainda temos.

Um passado eternamente presente.

Assim, quando vagares pelos bosques onde caminhamos enlaçados

E buscares em vão ao teu lado, no banco enodoado, a minha sombra,

Ou parares no lugar de sempre sobre a colina para contemplar a paisagem,

E atentares para alguma coisa, e como de hábito procurares por minha mão,

E não encontrando ninguém, sentires a tristeza acercar-se de ti,

Fique quieto. Fecha os olhos. Respira.

Escuta meus passos dentro do teu coração.

Eu não parti, simplesmente sigo caminhando dentro de ti.

 

 

                                                                     CONTINUIDADE

 

 

 

“Se eu for o primeiro de nós a morrer,

Não permita que a dor escureça por muito tempo o teu céu...”

 

 

Lembre das estrelas que em noites de amor,

fazem do azul a ampulheta a marcar o tempo da união de nossos corpos

sem fronteiras desconhecidas,

sentindo o branco na mente fantasiosa de amantes

que em vôo eternizado usam os olhos como expressão do prazer

de ser e estar em unidade,

sem contar dos desencontros

permita que o brilho se faça em outros olhares...

 

 

“Sê corajoso, e, todavia modesto, em teu pesar”.

É uma mudança, não uma partida...”

 

 

Não deixe que as lágrimas se façam

como única forma de trazer o reflexo de nosso amor

 ao seu coração sorria mesmo que a saudade não deixe,

sinta que toda transformação traz anseios outros

que em notas desconhecidas

passam a ditar a harmonia cultuada em nova melodia,

provoque a mente que teima em acreditar na perda

 em regras moldadas no desamor,

o amor não tem fim e limites na arte de iludir...

 

 

“Pois do mesmo modo que a morte é parte da vida,

Os mortos vivem para sempre nos que estão vivos...”

 

 

E em todos os momentos da cumplicidade,

que criando alicerces na construção do bem querer

 e da confiança nas emoções nascidas do encontro de duas almas

que aleitando as mesmas aspirações em sentimentos,

sempre cheias da ternura, eternizaram a troca

geminando o etéreo ato de sentir em um só coração

 o bater no silêncio de um novo contato

que afirma cada vez mais...   

 

 

“O que fomos somos ainda.

O que tivemos ainda temos.”

 

 

Basta sentir do vento a brisa que transporta

na suavidade o idílio compactuado c

om a realização dos sonhos encantados em desejos

e fantasias de um mundo mágico,

que é tão nosso,

e sempre nos fez da verdade

para a verdade tão marcada em vida...

 

 

“Um passado eternamente presente.

Assim, quando vagares pelos bosques onde caminhamos enlaçados...” 

 

 

Sinta das flores o perfume de nossos suores,

das folhas que se fazem em marrom

sinta o som de nossos passos,

ouça dos pássaros nossas juras e risos,

olhe o sol que entre as árvores toma formas diversas

emprestando a imaginação,

a presença do calor

de um abraço sentido dentro do peito,

mas se o frio do inverno

trazer a solidão...

 

 

“E buscares em vão ao teu lado, no banco enodoado, a minha sombra,

Ou parares no lugar de sempre sobre a colina para contemplar a paisagem...”

 

 

Veja do horizonte nossas marcas de amor

que fazem ao longe o caminho trilhado

e conhecido de nossos pés

e em cada passo dado na certeza de estar junto,

analise cada instante de nossos olhares

na descoberta de nossos pensamentos...

 

 

“E se atentares para alguma coisa, e como de hábito procurares por minha mão,

E não encontrando ninguém, sentires a tristeza acercar-se de ti...”

 

 

Recolha a lágrima teimosa

guardando na flor colhida

e deixe que a correnteza se faça na nascente de nossas carícias,

repousando no mar acarinhado por nossas mãos

que construíram castelos sem torres e muralhas,

vire a ampulheta do tempo

e olhe a areia colorida

a marcar um novo tempo...

 

 

“Fique quieto. Fecha os olhos. Respira.

Escuta meus passos dentro do teu coração.”

 

 

 

 

Estou em todos os sentidos e direções

sentindo no pulsar da vida que existe em você,

e que soubemos viver

em toda a intensidade de nossos corpos deleitados no prazer,

e na paz da unidade criada no amor

cultivado em meio as estrelas colhidas do azul de nosso céu

espelhado no verde de nossas esperanças

sentidas no vermelho de nossos lábios

que sentindo do amarelo do sol

o calor de um abraço renasce

no branco do êxtase

de nosso eternizado encontro...

 

 

“Eu não parti, simplesmente sigo caminhando dentro de ti.”

 

 

Ramoore

 

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