Em Cismas de rimas...




De poeta e louco sou de um pouco
Arredio no julgamento de ver réu
Julgado no paço feito vil gentio
Preso do prelado valer vir do céu

De mil artimanhas ditas em sanhas
Troco uma por valor de ter crença
No pregão de almas cheias de pecados
Fujo da fé no julgar e dar sentença

De nobre virar pobre de direito
No tronco torto nasce desvalido
De pés juntos lembrando dez palmos

De confesso em processo remido
O perdão procede do cantar salmos
Enchendo a sacola da esmola

Apenas, na pena da pena perdoada...

 

Ramoore

 

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