Premonição, ou tormenta?
Em momento de total impropério
Perco do som feito falsa liturgia
Deixo do grito parir Eleutério
Embriagado verso criar elegia
Sem buscar da métrica o permitir
Rabisco do risco provar destemor
Desacato do poder em ir e não vir
Vejo da tela nascer o desamor
Decoro em decoro do respeito
Lembro feito desfeito e perdido
Na ação em reação prendo do peito
Sufoco da lágrima mostrar prisão
Rindo desconexo grito sentido
Tropeço em cruzes plantadas no chão...
Ramoore
Poesia feita para participar da Ciranda " CONSUMIDORES DO MEDO "