Porque escrevo

 



Escrevo porque preciso
Escrevo porque anestesia
Porque faz entender
Aquilo que só eu sinto
Que a cabeça quer dizer
Mas nem sempre fala
A mesma língua do coração
Mas conversa com a mão
Amante da caneta
Que faz par com o papel
E assim procriam letras
Que são lágrimas e são risos
São tudo de que preciso
Que são alegrias, são tristezas
Desilusão fria e paixão acesa
Essas palavras desditas
Ás vezes retratam o céu
Ou nelas o inferno habita
Mas são palavras, é o que importa
Símbolos que a alma suporta
São uma torrente violenta
Correndo fora do leito
Seu curso sinuoso e estreito
No desenho das letras encontra
Escrevo não porque gosto
Escrevo não porque quero
Escrevo pra suportar
Outras vezes pra aliviar
Escrevo pra redimir
Outras vezes pra condenar
E condenado estou a ouvir
A voz de um sentimento
Que chama a minha alma de lar
Um demônio chamado amor
Que eu escrevo para calar!

Breno Moore

 

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