A baleia Ondinha
Estava certo dia a baleia Ondinha olhando
Com seus pequenos olhinhos o movimento
Das pessoas apressadas a sair do navio
E correrem para junto de seus amigos
Que em abraços e beijos sorriam em alegrias
De ver e matar a saudade dos amigos
Que um dia haviam partido em viagem
Para conhecerem outros lugares...
Soltando o ar em esguicho longo e triste
A baleia Ondinha ficou a pensar
Da saudade que sentia de seus amigos
De outros mares calmos e quentinhos
Onde durante todo o ano
A comida era farta
E junto de sua mamãe aprendera a nadar
Fazer grandes saltos no ar
Soltando esguichos sem parar...
Sentindo maior a saudade
Soltou um grande esguicho
Igual a um suspiro de saudade
E decidiu que iria seguir o navio
Que apitando anunciava a nova partida
Em direção ao mar grande e quente...
Seguindo o navio
Com pressa de logo chegar
Não tirava os olhinhos na direção
Da linha reta deixada como trilha...
Foi quando uma grande onda
O mar agitou
A baleia ondinha levou um susto
Mergulhou bem fundo
Foi se esconder em meio às algas
Que formavam uma floresta
E lá do fundo para cima olhou
Com seus pequenos olhinhos
Descobriu a causa da grande onda
E rindo de seu susto
Para cima logo nadou
Para encontrar os amigos
Que juntos a esperavam
Rindo e brincando de esguichar
E pular entre as ondas do mar
A baleia Ondinha ficou toda contente
Ao perceber que na pressa de seguir o navio
Tinha esquecido que era época
Das baleias viajarem em busca de amigos
E quem sabe de encontrar um grande amor
Que seria o pai de seus filhinhos...
Espantada com seus pensamentos
A baleia Ondinha viu que um grande
Pretendente se aproximava
Cheio de delicadezas e trazendo
No olhar um gostinho de bem querer
A baleia Ondinha esqueceu do navio
E soltando o seu maior esguicho
Que no ar formou um coração
Para junto de seu amado seguiu
Deixando no mar uma trilha de espumas brancas.
Ramoore
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CANTINHO DA RITINHA
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