O macaquinho Tião

 



Em meio a piruetas e fazendo muita festa
Ao descobrir gostosas bananas amarelas,
O macaquinho Tião vivia na floresta
Sempre atento ao cantar das sentinelas...

 

Brincando de pular, seguia o macaquinho arteiro
Imitando tudo o que via, da onça sabia o rugido,
Do gavião imitava o pio, da cobra o bote certeiro
E quando devagarinho pegava um desprevenido

 

Era aquele susto, todos corriam para se esconder
E o macaquinho Tião rindo, de todos zombava,
Bancando o herói que não tinha o que temer
Do inimigo o movimento sempre imitava...

 

Um dia ficou observando o aviso de perigo
Que as sentinelas faziam ao inimigo se aproximar,
E todos os macaquinhos buscavam abrigo,
Prestando bastante atenção aprendeu a imitar

 

Já imaginando no susto que ira provocar, ficou a rir
Da correria dos macaquinhos e do que iria aprontar,
E em um belo dia de sol, com todos alegres a sorrir
Das brincadeiras nas folhas de bananeiras a escorregar

 

O macaquinho Tião, escondidinho para ninguém ver,
Em cima de uma árvore deu o alarme imitado,
Foi uma correria danada, todos corriam sem saber
Da arte do macaquinho que rindo caiu sentado...

 

Quando perceberam que era um alarme de mentira
Todos ficaram muito tristes e chateados com o fato
De terem sido novamente enganados por quem não tira
Das brincadeiras a arte de pregar peças em desacato

 

E resolveram fazer uma reunião com todos os macaquinhos
Para combinarem a forma de dar ao arteiro, uma lição
Que jamais seria esquecida no meio dos macaquinhos,
Depois de aprovada a idéia , foram procurar o macaquinho Tião

 

Chegaram bem de mansinho, avisando do novo alarme a dar
Que seria o canto do sapo cururu, o macaquinho não disse nada
Ficou pensado no canto do sapo que teria de aprender a imitar,
Não sabia que sapo cantava, mas tinha de aprender a toada

Que faria os macaquinhos correrem com o novo sinal
Enquanto brincava na bananeira, ouviu o alarme antigo,
Viu todos correrem, virou a maior confusão no bananal
Era macaquinho para todo lado procurando abrigo

 

O macaquinho Tião, com cara de esperto nem olhou
Conhecia bem este alarme, não era o canto combinado,
Não iria cair na brincadeira que ele mesmo inventou
E começou a rir dos macaquinhos escondidos lado a lado

 

Quando percebeu estava sozinho no meio da floresta,
E a onça vinha com fome e bem devagar foi chegando
Com o desejo de pegar o macaquinho e fazer uma festa,
O macaquinho gritou por socorro e ficou chorando...

 

Quando a onça ia dar o bote, todos os macaquinhos gritaram
Em único som e voz, como se todos fossem uma só sentinela
E de repente do alto do verde pinheiro, uma rede lançaram
Aprisionando a onça pintada em uma grande cela

 

Apareceu a Fada da Floresta...

 

O macaquinho Tião ficou muito sem graça em um canto,
Rindo e batendo palmas todos se abraçaram e cantaram,
Foi quando a Fada da Floresta como se fosse um encanto
Pediu silêncio e todos juntos bem quietos ficaram

 

E então a Fada da Floresta falou:

 

Bem, meus macaquinhos, acho que todos aprenderam a lição,
Não podemos com a segurança da floresta brincar,
Por isto existem leis e ordens a serem cumpridas em união
Felizmente tudo deu certo e agora podemos festejar

 

Para todos os macaquinhos e amiguinhos, deixo uma recomendação
Não devemos nunca brincar com as leis e ordens que nos dão abrigo
Devemos sempre obedecer às leis e ordens criadas para nossa proteção
Pois elas foram criadas com a finalidade de nos livrar do perigo.

 

Ramoore

 

 

 

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CANTINHO DA RITINHA