Êxodo





Ao vestir da máscara a farsa nata
Da dissimulação em fim do ato
Sem nascer e morrer igual primata
Na fuga da vida em imediato

Olhando no espelho em vôo cego
Da cortina que teima descortinar
Dos erros e acertos em feitos de prego
Em descaminhos de andar por andar

Dos pés e mãos que traem viver solidão
Na esperança da ciranda sem canto
Do par perdido descoberto no não

Na contra face em faceta do dó
Ao quebrar do espelho o encanto
Sinto nos olhos o olhar de ser tão só


E prossigo misturando nossas poeiras!

 

Ramoore

 

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