CARÍCIAS
Deixando a alma solta, em meio
a brisa interior,
velejo em águas passadas
Ao sabor de doces recordações,
sem receios, sem ressentimentos
nossos,
Sem rancores, sem saudades, não
sentindo falta,
preenchendo com mel
A taça dividida em sorrisos de
amantes,
deleitando em lábios tão seus
O sabor incomum do contato
simples,
delicado, com gosto de quero
mais
Fazendo sem fronteiras, sem
pudores,
conhecendo do amar, a arte no
corpo
Sem segredo, com fantasia
infantil,
com brincadeiras e jeito de
crianças
Não escondendo, deixando
deslizar em suaves trejeitos,
com artimanhas
E sutilezas naturais aos
amantes do sempre,
minha alma dentro da sua alma
Correndo de corpos unidos ao
espaço infindo, voando
sem asas no vértice
Da emoção criada ,
renovada a cada contato,
cada olhar dentro do prazer
Em sentir não mais a vontade em
comando,
abraçando da vitória o encontro
Sem sonhos, sem ilusões, com
real troca de triunfos,
com a mesma bandeira
Simbolizando a unidade,
provando no vácuo,
o branco da mente em êxtase
Levitado em siamês,
dourado no néctar do gozo
prolongado na harmonia
De corpos limpos para o amor,
de corpos sempre iguais,
das mesmas cores
Nos anseios de caminhos novos,
sem os atalhos de outros
caminhos velhos
E já trilhados no desencontro
em passado do desamor
não escolhido no viver,
Vivendo,
sentindo na vida revolta,
a escolha não imposta ao
prateado inócuo
Sempre puro e cristalino nas
intenções
de carinhos ao despertar da
noite
E repousar,
sem travesseiros, sem lençóis,
acordando em seus braços.
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