Meu presente

 

 

Meu presente não vem do comércio

Em luz de vitrine, mostra a verdade

Exposta aos olhos cegos do equinócio

De almas entre duas estações da idade

 

Na primavera encontra flores vivas,

Livres, soltas no ar da luz em crença

No outono transforma semente ativa

Presa ao chão, brotando da esperança

 

Nascendo de cada coração no sorriso,

Menino Deus entre conflitos, e na fé

Do amanhã sempre citado em aviso

Esquecido no passado do andar a pé,

 

Sem pressa de chegar a cada destino

Escolhido no arbítrio livre da procura,

Em formas de criar laço, ouvir o sino

Do som único e saudoso da luz pura,

 

Sentir nascer e morrer o dia em noite

De vigília entre todos, sem ver da cor

O vermelho marcado, sangrando açoite

Da estúpida vontade de provocar a dor...

 

Meu presente, é dizer que te amo.

 

Ramoore

 

Voltar

 

Página Principal