Cansado da espera de a
primavera chegar
Florindo de meus devaneios as lágrimas
Escondidas dos olhos serenos sem o mar
Longe de meu olhar em meio a miasmas
Sem cheiro do gozo na troca de carinho
Do plantar ilusões nos pés fazendo giro
Girando do corpo a mente no desalinho
Encontra ar na brisa do acalento Zéfiro
Dos céus de minha alma amante outrora
De vidas passadas em nome de Minerva
Na arte da poesia de ser do sol a Aurora
Nascida no azul dos ombros em aljava
Sem setas douradas do menino Cupido
Longe perdido nos sonhos do unir verso
Em verso único para ter no pretendido
Das linhas a vida fugindo do improviso
Intrometido e arteiro do destino encantar
Dos sonhos a realidade pura de ser a lua
Inspiração da fala do poeta dizendo amar
Da minha a sua liberdade de viver na rua
Sem amarguras dos amores deixados atrás
De portas e janelas escuras abertas à noite
Dos solitários corpos nus na ação contumaz
E criminosa do pecar em troca do pernoite...
Faço do frio inverno seu corpo meu cobertor.
Ramoore