O mal dito do martelo



No quadro solto prendo da saudade
Qual marco preso à unha pintada
Do preto sinal da contrariedade
Sentida ao levar da martelada

No desatento ato choro do fato
Perdido em chinelos da lembrança
Restos de noite trancados no quarto
Em fitas da fita presa na trança

Faço o tempo voltar no momento
Em destino escondo o desatino
Da dor vir em revolta do tormento

De uma lágrima encontro sentido
No meio de teus lábios perco o tino
Nas carícias esqueço o dedo doído

Quem sabe amanhã, acerto o prego!

 

Ramoore

 

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Poema inspirado nas marteladas da Lêda Mello