DOIS AMORES




Dignificando carinhos escondidos ao mundo profano, criando etérea luz
Entre cores da vida em amor, fechando os olhos a escuridão hipócrita
Ungida aos crédulos em íntima afirmação de beata e imposta verdade
Sacramenta e paramentada entre falsos profetas de alcovas alheias


Liberando energias novas, que afirmam em esperanças, trazem a paz 
E fazem o coração pulsar, buscando a perfeita sintonia no toque do amor
Iludindo em momentos, fugindo de tormentas, provocando o descrédito em 
Lamentos não cúmplices ao ideal nascente em corpos criados em imagem
Augusta, sem divisões nomeadas, apenas, vivendo da matéria, a realidade


Entrelaçando em única aspiração, os céus e infernos, firmados em relação


Mesclando deveres e prazeres, fugindo do desencontro, encontrando dúvidas
Aliciando vidas passadas em terceiros encantos, decantados em devaneios
Ricos em formas demonstradas por cópias condenadas ao luxo marginal,
Inspirado em doce e lúdico escravo sem senzala e sem conhecer o tronco
Adornado por amores de ontem, que fazem da não busca, o marco maior
Neutralizado em quatro paredes, abjurando da vontade de gritar ao mundo
Olvidando da vida a única realeza pura em essência, fazendo a alma chorar.

Ramoore

 

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