NU


Escondendo os olhos, o tronco
e procurando ocultar o sexo
Abafando com as mãos,
um grito de liberdade,
transforma o reflexo
Condicionando a mente em exposição imposta,
faz doce a imaginação
Pulsando a cada novo olhar,
o desejo chega devagar ao coração
Analisando em linhas perfeitas,
formas definidas do corpo perfeito
Criando ilusões diversas,
cresce um tremor que pressiona o peito
Trazendo à realidade,
normas ditas e malditas de formas de amar
Ditando igualdades despidas do orgulho,
sem rir, ou chorar
Crescendo na tela de meus pensamentos,
sem pincel, sem cores, ou traços
Nascendo em íntima vontade,
de deixar as roupas caírem,
sem embaraços
Mostrando sem esconder solidão,
sem medo das luzes acenderem
Sentindo em sintonia,
a alma perfeita dos que somam e dividem
Justificando a beleza vista,
definindo,
ou buscando eternos devaneios
Abrindo os olhos,
procurando decifrar de pensamentos alheios
O sentimento provocado,
a vergonha sentida,
o falso pudor agredido
Ou, simplesmente,
a espera da liberdade e do som,
do grito contido.
 

Ramoore

 

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