A luz do vaga-lume
Estavam os bichinhos da mata em uma grande reunião Todos falavam dos problemas que tinham de resolver O besouro Tião falava alto e comandava a discussão:
-Do jeito que está não pode continuar. -Precisamos fazer alguma coisa e já. -Basta o sol se esconder. -A lua não aparecer. -E não podemos sair de casa.
A abelhinha estava muito triste com o que acontecia Todo bichinho que precisava sair após escurecer Perdia o caminho de volta e nunca mais aparecia E ninguém tinha idéia do problema resolver
A borboleta amarela dando no ar uma grande volta Pediu a palavra e foi a sua estória contar:
-Outro dia, ou melhor dizendo, já era de tarde. -Depois de um dia quente e maravilhoso. -Eu tinha descoberto um grande jardim de flores. -O gostinho do mel era completamente diferente. -Parecia um gostinho de quero mais doce de tão doce.
O Besouro Tião ficou zangado com a estória da borboleta amarela E disse que a reunião não era para discutirem sobre mel e gostinhos Disse para a borboleta amarela calar a boca e deixar de ser tagarela Precisavam encontrar uma solução para o sumiço de tantos bichinhos
A borboleta amarela, ficou muito séria e pediu desculpas a todos Disse que iria contar o que descobriu neste Jardim Encantado:
-Vocês me desculpem. -Mas quando lembro do gostinho do mel. -Quase me esqueço do que aconteceu. -Já estava na hora do sol se esconder. -E a lua nada de aparecer. -Fiquei com muito medo. -Estava longe de casa. -E comecei a chorar.
Antes que o besouro Tião ficasse zangado, a borboleta amarela Voltou a contar a sua grande e maravilhosa descoberta:
-Chorei baixinho. -Ninguém aparecia. -Chorei um pouquinho mais alto. -Ninguém aparecia -Aí, eu resolvi chorar mais alto ainda.
O besouro Tião já estava bravo com a estória da grande tagarela Todos os outros bichinhos estavam com medo do sol se esconder Mas estavam curiosos em saber o fim da estória da borboleta amarela O besouro Tião disse para ela acabar logo com o que tinha a dizer
A borboleta amarela pediu desculpas novamente e prometeu contar Disse que estava muito emocionada e sem falar do gostinho do mel A estória voltou a contar:
-Aonde eu parei? -Ah! Eu estava chorando. -Chorava cada vez mais alto. -Foi quando reconheci uma voz. -Era a borboleta azul. -Fiquei muito assustada. -A borboleta azul tinha sumido na noite sem lua. -Só me acalmei quando ela falou comigo. -Disse para eu não ter medo. -A sua estória iria contar.
O besouro Tião ficou muito zangado com a estória sem final A borboleta amarela disse que era verdade e podia provar Olhou para o céu e batendo bem forte as asas fez um sinal Todos olharam para o céu e viram a borboleta azul a voar
O sol já estava se escondendo e a lua nada de aparecer Os bichinhos estavam assustados precisavam ir embora Pois não queriam em meio à escuridão o caminho perder E todos juntos decidiram que já estava chegando a hora
Precisavam logo apressar e encerrar a grande reunião Foi quando a borboleta azul resolveu sua estória contar Disse para todos que não precisavam ter medo não Tinha uma grande surpresa que a todos iria ajudar
E fechando suas lindas asas azuis começou a falar:
-Foi no final de uma linda tarde de sol. -Eu tinha descoberto um grande jardim de flores. -O gostinho do mel era completamente diferente. -Parecia um gostinho de quero mais doce de tão doce. -Vocês me desculpem. -Mas quando lembro do gostinho do mel. -Quase me esqueço do que aconteceu. -Já estava na hora do sol se esconder. -E a lua nada de aparecer. -Fiquei com muito medo. -Estava longe de casa. -E comecei a chorar
O besouro Tião olhou para os bichinhos e ficou muito zangado Disse que esta parte da estória já conhecia não precisa contar Olhando muito sério para a borboleta azul ficou quieto e calado A borboleta azul pensou e então resolveu esta parte da estória pular
Todos ficaram muito contentes enfim iam conhecer o fim da estória
A borboleta azul pediu desculpas novamente e prometeu contar Disse que estava muito emocionada e sem falar do gostinho do mel A estória voltou a contar:
-Quando já estava cansada de chorar. -Ouvi uma voz desconhecida. -Era um bichinho diferente. -Tinha a cor de uma folha verde e marrom. -O bichinho disse que vivia escondido -Foi se aproximando devagar. -Disse que era muito feio. -E para eu não me assustar. -Quando chegou bem perto. -Pareceu que o sol voltou a brilhar! -O bichinho falou que sua Fada Madrinha tinha dado um presente. -E que quando sentisse que aos outros poderia ajudar. -Bastava pensar com alegria e sentir o coração. -Que a luz do carinho iria o caminho indicar. -Contou que sua fada madrinha era muito legal. -Gostava de todos os bichinhos. -E a todos dava proteção.
O besouro Tião ficou contente e rindo com muita alegria Disse que era a estória mais bonita que já tinha escutado Todos os bichinhos sentiram a formação de uma família Faltava apenas conhecer o lugar do Jardim Encantado
Mas quando olharam para o céu o sol já estava escondido Os bichinhos não sentiram medo e juntos todos lado a lado Lembraram do bichinho que ajudava quem estava perdido Pensaram na alegria de sentir o coração bater compassado
E seguindo a luz do novo amiguinho descobriram o caminho Foram encontrar a Fada madrinha todos dançando e cantando Queriam agradecer e sentir do mel o doce mais doce gostinho E todos juntos davam vivas ao vaga-lume que ia brilhando
A Fada Madrinha, pensou em todo o trabalho que iria ter E num passe de magia fez nascer flores lindas e coloridas Criou pequenas Fadas e Anjinhos para todos proteger E sentiu o coração crescer e pulsar com tantas novas vidas.
E assim, meus amiguinhos aprendemos com os nossos bichinhos, Que o mais importante, o que devemos aprender a valorizar É o que temos guardado para doar sempre com nossos carinhos, Trazendo esperança e luz, descobrimos e sentimos o que é amar.
O nosso pequeno vaga-lume nos ensinou uma lição, a aparência de nossos corpos não mostra a luz interior que todos nós temos.
Ramoore
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